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É inexpressiva a produção de conhecimento
cientifico nessa área e o tema não participa do currículo dos diferentes cursos
de graduação e pós-graduação em saúde, com raríssimas exceções. Trata-se de
assunto vago que, na maior parte dos casos, é ignorado pela maioria de
pesquisadoras e pesquisadores, estudantes e profissionais de saúde no Brasil.
Este trabalho pretende apresentar algumas informações acerca dos processos de
formulação desse campo conceitual a partir das demandas dos movimentos sociais
organizados e das formulações de especialistas. Tais informações serão
apresentadas com o objetivo de subsidiar pesquisas e contribuir para a
formulação e gestão de políticas públicas adequadas às necessidades expressas
nos indicadores sociais e de saúde das mulheres negras brasileiras.
Grupo étnico ou populacional resulta da mistura de
fatores físicos (cor, forma da face, polimorfismo enzimático etc.) e culturais
(linguagem, dieta, religião, folclore, origem geográfica etc.), todos
importantes para preservação da saúde e das relações sociais. Embora seja
definida como “o conjunto de indivíduos descendentes de um povo com características
corporais semelhantes e transmitidas por hereditariedade, mas diferindo na frequência
de seus genes”, continua etnicamente controversa a existência de raças humanas
puras. Após 300 anos de escravidão, desagregação social, dispersão geográfica e
miscigenação, não há mais alelos que definam a população preta brasileira, caribenha
e americana como uma raça pura.
________Preconceito e Estigma________
Comoincluir? O debate sobre o preconceito e o estigma na atualidade
Comoincluir? O debate sobre o preconceito e o estigma na atualidade
O objetivo deste artigo é provocar um debate que amplie os termos
habituais da discussão sobre a Educação Inclusiva. Essa discussão tem como um dos
seus eixos a questão do preconceito que cerca aquele considerado
"diferente".
A partir
de breve contextualização sobre o debate no campo das relações raciais e ações
afirmativas no Brasil passamos a apresentar a organização e funcionamento do
curso, destacando seus objetivos, conteúdos, estratégias. Com foco nos
profissionais da saúde, o curso contou com significativa presença de
profissionais da educação básica pública, municipal e estadual, das cidades de
São Luís e Pinheiro, no Maranhão, implicando a discussão do tema saúde da
população negra (especialmente da mulher negra) no âmbito da escola.
________Saúde da Mulher Negra________
A Política Nacional de Saúde para a Mulher Negra
dispõe de um aparato legal que dá suporte a sua implementação, conquistado pelo
movimento negro. Tendo como parâmetro as legislações referentes à saúde da
população negra e à saúde da mulher, além dos documentos disponibilizados pela
Secretaria Municipal de Saúde de Alcântara, este trabalho teve como objetivo
geral analisar os serviços básicos de saúde prestados às mulheres negras do
povoado Castelo e como objetivos específicos realizar levantamento empírico dos
programas e projetos voltados para mulheres negras oferecidos pelo município de
Alcântara; verificar se no povoado Castelo há algum atendimento específico para
mulheres negras; identificar as principais demandas das mulheres da comunidade
ao serviço de saúde local; averiguar como o quesito cor está sendo empregado
pela equipe da Estratégia Saúde da Família que atende a comunidade. A
metodologia consistiu em identificar, através de documentos disponibilizados
pela Secretaria Municipal de Saúde (SEMUS), as ações e serviços voltados para
as mulheres na comunidade, e por meio de questionário aplicado aos
profissionais, seus conhecimentos sobre a Política Nacional de Saúde Integral
da População Negra. Concluímos que, apesar do aparato legal, reconhecido e
citado pela SEMUS em seu Plano de Saúde atual, as legislações não têm sido
suficientes para que esse segmento social tenha suas peculiaridades
reconhecidas. Informações básicas para planejamento de ações específicas, como
a coleta do quesito cor, por exemplo, não são realizadas pela SEMUS. Não
identificamos nenhuma ação planejada que considere as características raciais e
étnicas das mulheres da comunidade.
Quando comparadas às mulheres brancas, as negras
apresentam, repetidamente, maior risco de adoecimento e morte. A discussão
sobre violência sexual e doméstica reitera as disparidades e a maior
vulnerabilidade social da mulher negra. As desigualdades socioeconômicas e o
racismo institucional são as hipóteses explicativas para a alta vulnerabilidade
às DST/aids das mulheres negras. Apenas com uma ampla gama de ações
multissetoriais, incisivo enfrentamento do racismo institucional pelo Estado e
fortalecimento do movimento social será possível iniciar a longa jornada para
se alcançar o propalado princípio de equidade na saúde.
Analisar as formas de violência racial e de gênero
e o comportamento das mulheres quilombolas diante das DST/aids em Comunidades
Remanescentes de Quilombos em Alagoas.
O artigo resulta de pesquisa realizada em uma
escola pública em São Luís, Maranhão, sobre a vulnerabilidade em saúde de
jovens negras estudantes do ensino médio.
Trata-se de estudo de base quantitativa que teve
como objetivo central analisar componentes socioculturais e comportamentais
relacionados ao processo de vulnerabilização ao HIV/aids a partir da percepção
de mulheres negras na região serrana do estado do Rio de Janeiro.
_____Condições de Saúde nas
Comunidades de Quilombolas em Alagoas_____
Nutrição e saúde dascrianças das comunidades remanescentes dos quilombos no Estado de Alagoas,Brasil
Descrição das condições de nutrição e saúde das crianças de 6 a 59 meses
de 39 comunidades remanescentes dos quilombos no Estado de Alagoas.
O presente artigo tem como objetivo apresentar como
uma população reconhecida através do seu legado histórico e cultural, pois,
quando se fala em África, o que vem à mente da maioria da população é um
pensamento originado do senso comum, de uma história escrita pelo colonizador
sobre o colonizado. A pretensão é que o leitor tenha uma nova visão sobre um
tema que carece de atenção: Quilombolas em Alagoas. A discussão mostra pontos
da história que não foram devidamente aprofundados e contados, particularmente
aos seus direitos constitucionais, as políticas públicas e o respeito às
diferenças étnicas.
Esta publicação tem por objetivo sistematizar os
dados e informações disponíveis sobre as comunidades quilombolas de Alagoas,
visando oferecer insumos à administração pública para planejar e implementar
projetos e ações voltadas aos remanescentes de quilombos deste estado.
Dentre os problemas de saúde e agravos observados,
destacam-se o consumo de álcool, a hipertensão e os problemas mentais. As
pessoas têm apenas uma ideia aproximada desses problemas, mas desconhecem
informações básicas a respeito de doenças e agravos prevalentes na população
negra, tais como anemia falciforme e hipertensão.
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